segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

1908 - Um Brasil em Exposição



1908 - Um Brasil em Exposição revela detalhes da mostra que foi termômetro da globalização do país há mais de um século

A memória de um tempo, em que o Brasil fazia crescer sua imagem no cenário internacional, guarda consonância com o momento atual do país. As grandes exposições nacionais tinham, no início do século XX, um grau de importância similar ao dos grandes eventos mundiais de hoje, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Montada na galeria principal da CAIXA Cultural Brasília, a mostra “1908 – Um Brasil em Exposição”, fica aberta para visitação a partir desta quarta-feira (21) e segue até 26 de fevereiro de 2012, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, entrada franca e classificação livre.

A Exposição Nacional de 1908, realizada entre os dias 11 de agosto e 15 de novembro daquele ano, na Praia Vermelha, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, foi promovida pelo Governo Federal, para celebrar o centenário do início da abertura dos portos brasileiros às transações marítimas internacionais. O grande evento provocou um amplo inventário da economia, da cultura, da história do país. Apresentou também a nova Capital da República (o Rio) – urbanizada pelo prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz – a diversas autoridades nacionais, que a visitaram, revelando o Brasil aos próprios brasileiros, em sua diversidade e em seus contrastes, pela primeira vez.

O Rio de Janeiro, que em 1908 contava com 800 mil habitantes, recebeu, ao longo dos três meses da exibição, mais de um milhão de visitantes entusiasmados que, para entrar no espaço da Exposição, passavam pelas roletas do Portão Monumental. Além dos estados da Federação, diversas instituições públicas se fizeram representar na Exposição.

Conceito:
“1908 - Um Brasil em Exposição” se estrutura em módulos temáticos, que abordam o processo da concepção, construção e inauguração da Exposição Nacional, termômetro da globalização do Brasil, há cem anos. O evento permite que o público atual aprofunde seus conhecimentos, não só sobre a história da cidade, mas sobre os hábitos e as instituições culturais da época, no Brasil.

“Se o Brasil, então jovem República, havia consolidado o Rio de Janeiro, após a modernização empreendida pelo prefeito Pereira Passos e pelo ministro Lauro Mller, como sua maior expressão, a Exposição Nacional celebrava o processo de inserção de todo o país em um modo de vida urbano, industrial e cosmopolita”, explica a historiadora e curadora da exposição, Margareth da Silva Pereira.

Horário: 09:00 |  
Local: CAIXA Cultural Brasília - Galeria Principal  
Endereço: SBS Qd 4 lote 3/4, anexo do edifício Matriz da Caixa Econômica Federal

Visitação: de terça-feira a domingo
Horário de visitação: das 9h às 21h

Telefone: (61) 3206-9448

Agendamento de visitas monitoradas: (61) 3206-9892 (de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 21h)

Acesso para portadores de necessidades especiais

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Yoko Ono doa Walking Piano à Escola de Música de Brasília



Dia 08 de dezembro, dia do falecimento do John Lennon – há 31 anos, o CEP/Escola de Música de Brasília celebra o recebimento do Walking Piano, uma doação da cantora, cineasta e artista plástica Yoko Ono, viúva do músico, para o CEP/EMB. O evento acontece às 19h30, no Teatro do CEP/Escola de Música de Brasília (SGAS 602), com entrada franca.

A cerimônia de entrega será no dia do Encontro de Coros do CEP/EMB, onde participam os grupos: Madrigal de Brasília, Coro Feminino Cantares, Coro Primo Canto, Orquestra Art Brasília e Coro de Alunos do CEP/EMB. Como atração especial, alunos da Musicalização Infantil se apresentam usando o Walking Piano doado à Instituição. No programa, obras de John Lennon, Beethoven, R. Terry, Tom Fettke, Schubert e Mozart.

O Walking Piano
Durante os anos de 2007 e 2009, a exposição “Arte para Crianças”, percorreu cidades brasileiras como Vila Velha, Rio de Janeiro, Belém, São Luiz, Brasília e São Paulo.  A exposição reuniu 16 artistas plásticos contemporâneos, pertencentes a diferentes gerações e que criaram suas obras pensando, sobretudo, nas crianças. Amílcar de Castro, Athos Bulcão, Cildo Meireles, Eder Santos, Eduardo Sued, Emmanuel Nassar, Ernesto Neto, Lawrence Weiner, Mariana Manhães, Nuno Ramos, Rubem Grilo, Tunga e Yoko Ono participaram da exposição que teve a curadoria de Evandro Salles.

Na ocasião, Yoko Ono teve a oportunidade de ver a exposição no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, onde um grande número de seus trabalhos estava exposto. Yoko ficou muito emocionada e satisfeita. Quando retornou aos EUA, resolveu presentear a exposição com um famoso piano feito na Itália, o Walking Piano, onde toca-se com os pés, dançando.

O piano foi comprado por ela e enviado ao Brasil. No entanto, com os trâmites burocráticos de liberação alfandegária, quando o instrumento foi liberado, a exposição já havia sido encerrada.
Dessa forma, o curador Evandro Salles, ao contar a história à professora de Viola da Gamba do CEP/EMB, Cecília Aprigliano, resolveram que o melhor destino do instrumento seria uma escola, onde vários alunos poderiam ter acesso ao Walking Piano. Assim, Yoko Ono ficou satisfeita com o novo destino do instrumento.

CERRADO VIRTUAL: ARTE, MÚSICA E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL


Nos dias 17 e 18 de dezembro, Manjahro, MV Bill, Ponto de Equilibrio, Maskavo, Balalaica, Dudu Aire, Homem de Pedra, Planta e Raiz, Mundo Livre SA e Bicho de Pé se revezam nos palcos do Centro Comunitário da UnB na edição humanitária do evento.  A entrada é gratuita, mediante a doação de alimento e brinquedo

Um evento de peso que, certamente, fechará a programação musical do ano com chave de outro. Nos dias 17 e 18 de dezembro, Brasília será presenteada com o festival Cerrado Virtual. O Centro Comunitário da UnB será cenário da edição humanitária do evento que apresenta como pilares, em 2011, quatro temáticas: música, meio ambiente, acessibilidade e esportes radicais. A festa, que acontece em Brasília há 10 anos, traz aos palcos do Centro Comunitário músicos de peso, como Manjaro, Ponto de Equilíbrio, Homem de Pedra, MV Bill, Planta e Raiz, Bicho de Pé, Maskavo, Dudu Aire, Mundo Livre SA e Start.

O Cerrado Virtual se consolida como um dos maiores eventos do gênero do país e apresenta uma grande estrutura com palco principal, arena de esportes radicais, tenda eletrônica/hip hop, palco som do cerrado (artistas locais) e praça de alimentação.

O diferencial do evento está em unir entretenimento e consciência sócio-ambiental por meio da valorização do Cerrado como reserva da biosfera e de um comportamento saudável, tanto no âmbito individual quanto global.  O evento visa promover valores de paz, de desenvolvimento sustentável e de participação ativa para uma vida melhor entre os jovens. Visando a compensação das emissões de gases produzidos será desenvolvido no festival um trabalho especial de conscientização e de uso de materiais ecologicamente corretos na produção, como exemplo, o uso de biodiesel nos geradores e a coleta do lixo seletiva - que  encaminhará o material para reciclagem em parceria com o DCE da UnB.

Nesta edição, o Cerrado Virtual propõe algo inédito em sua historia. A entrada será franca, mediante a doação de um brinquedo e um quilo de alimento não perecível a serem destinadas a instituições da cidade.

Atrações: 17/12 - 21h: Start, Manjahro, MV Bill, Ponto de Equilibrio, Maskavo e Balalaica
Dia 18/12 - 18h: Dudu Aire, Homem de Pedra, Planta e Raiz, Mundo Livre SA e Bicho de Pé

Ponto de Equilíbrio: Quando o assunto em questão é reggae music, a banda carioca Ponto de Equilíbrio é referência nacional. Composta por Helio Bentes (vocal), Pedrada (baixo), Márcio Sampaio (guitarra base), Tiago Caetano (teclados), Rodrigo Fontenele e Marcelo Campos (percussão), Lucas Kastrup (bateria) e Ras André (guitarra solo), o grupo surgiu em 1999, na Vila Isabel, Rio de Janeiro. Com a proposta de denunciar as desigualdades sociais, o grupo convida o pblico a um chamado espiritual de amor, verdade e justiça, por meio da linguagem rastafari.
O novo CD do Ponto, além de contar com uma musicas gravadas com Don Carlos e The Congos, tem participações especiais de grandes nomes da música brasileira como Marcelo D2 e Jorge Dupeixe (Nação Zumbi).

Planta e Raiz: Completando 13 anos de carreira, o Planta e Raiz tem em sua carreira seis CDs e um DVD, o atual  disco, Manifestação do Amor, foi lançado em novembro de 2010.  A banda está em um momento de crescimento e de novas experiências profissionais como em 2011, os mais de 100 shows, contando com grandes festivais e a tour australiana em março de 2011.
A versatilidade e a capacidade que a banda tem de fazer reeleituras e compor músicas pops vai além do título de ser uma das três maiores bandas de reggae do Brasil,. Destaque aos sucessos Com Certeza, “Gueto do Universo”,” Aquele Lugar”, “Dois Passos do Paraíso”, “Raiou”, “Te Ver e tantos outros.

Bicho de Pé: Há 13 anos na estrada, a banda Bicho de Pé levanta a bandeira do forró pé-de-serra. Sob o comando da vocalista Janaína Pereira, o grupo paulista destaca em seu repertório musical a canção “Nosso xote” - que alcançou o terceiro lugar, entre as músicas mais tocadas nas rádios de São Paulo (1998). Em sua trajetória de sucesso, o grupo se apresentou nos principais programas nacionais de TV e conquistou fãs em todo Brasil. No show em Brasília, no Arena Futebol Clube, o Bicho de Pé apresenta o seu terceiro CD, intitulado “Bicho de Pé – 10 anos’.

Maskavo: Marceleza, Bruno, Quim e Prata compõem a banda Maskavo. O grupo brasiliense, que teve início em 1999, ganhou visibilidade nacional com a música "Anjo do Céu".   Diversas canções foram compostas na estrada, quando foram tentar a sorte grande em São Paulo. O Maskavo apresenta em Brasília sucessos dos oito anos de carreira, além de músicas do novo CD "O som que vem da luz do sol".

Mundo Livre SA: Os pernambucanos Fred Zero Quatro (voz, cavaco e guitarra), Xef Tony (bateria e voz), Bactéria Maresia (teclado, guitarra e voz), Fábio Goro (baixo) e Marcelo Pianinho (percussão) compõem a banda Mundo Livre S.A.. O grupo exibe uma junção de música regional pernambucana com poesia. No repertório estão temas diversos, que vão desde a globalização, a desventuras do Timor Leste ou musas de biquíni branco.

Start: A banda Start chegou para ficar no cenário do hip hop nacional. Desde 2007, a banda liderada por Stephan, filho de Marcelo D2, está na estrada, com um rap muito influenciado pelo jazz.  O grupo concorre ao premio de aposta do ano, pela MTV Brasil, com o hit “Que vença o melhor”. A Start já tocou em vários palcos: Viaduto de Madureira, Circo Voador, Fundição Progresso, Luv, Cabaret Kalesa, Clandestino, Recanto da Lapa, entre vários outros - sempre fazendo barulho e surpreendendo com a atitude nos palcos.

Informações: (61) 7811-2923/(61)8637-3393

O 7° ARTE E CIDADANIA TRAZ SHOW DE LIRINHA À BRASÍLIA



O Projeto idealizado pelo Instituto Zabilin de Arte e Cultura, com a produção do Espaço Cultural Mosaico e da Só Som Salva, traz para Brasília o primeiro show solo de Lirinha, vocalista do extinto grupo pernambucano, Cordel do Fogo Encantado! O Músico chega à cidade para fazer o lançamento de Lira, seu primeiro disco solo. Além dele, outras diversas atrações vão fazer da área externa da Funarte, palco para um grande Natal de rua!
O último Arte e Cidadania do ano acontece gratuitamente na sexta-feira, 23/12/2011, a partir das 16h00, na área externa daFunarte. A classificação indicativa é de 14 anos.

Programação:

16h00 – Apresentações teatrais com as Companhias Mapati e Hierofante
19h00 – Gessé Lima
20h00 – Luca Rodriguis
21h00 – Cacai Nunes
22h00 – Pé de Cerrado
23h00 – Sistema Criolina
00h00 – Lirinha

Lirinha apresenta à Brasília o seu primeiro disco solo!

José Paes de Lira ficou conhecido, sobretudo, por seu trabalho como vocalista do extinto grupo pernambucano, Cordel do Fogo Encantado. Influenciado pela performance popular dos cantadores e declamadores repentistas, e também do maracatu, do coco e do reizado, fez da encenação fonte primordial para o trabalho do grupo. A força dramática e percussiva, característica do antigo trabalho, rendeu três discos autorais, um DVD e centenas de shows por todo o Brasil.

Com o fim do Cordel, Lira reuniu toda sua força poética para a elaboração do disco homônimo, que marca sua estreia solo. Sem perder sua força expressiva, porém mais maduro musicalmente, o novo trabalho independente exibe uma sonoridade mais elaborada e apresenta o músico de uma forma raramente vista em sua obra. Para se familiarizar com as novas composições, basta acessar o site oficial e baixar: www.josepaesdelira.net

EXPOSIÇÃO INTERATIVA 'GAME ON: O JOGO COMEÇOU'


Os jogos eletrônicos sempre fascinaram diversas gerações e seguem em constante evolução e ganham cada vez mais recursos tecnológicos que primam pela interação, em uma busca que visa estreitar o vínculo entre jogadores e máquinas. A exposição Game On: O Jogo Começou foca nesta temática e traça uma linha do tempo que vai dos primeiros arcades ou fliperamas até as plataformas atuais.
Os jogos e a arte nunca trocaram tantas figurinhas como hoje em dia, época em que o intercâmbio entre a arte e o videogame resulta em obras impactantes nas artes visuais, cinema e música. Game On apresenta um panorama sobre a cultura, história e futuro dos videogames e amplifica a visão histórica deste rico universo.
“Estarão expostos todos os tipos de videogames. Até mesmo aqueles que, em princípio, não gostam de games, poderão encontrar algo interessante. Além de ser um espaço em que pessoas que nunca tiveram contato com games terão todo o apoio dos consultores para testar pela primeira vez, também tomamos o cuidado de não mostrar jogos violentos”, destaca Patrick Moran, consultor da mostra.
O público ainda poderá jogar em algumas seções da mostra que o CCBB recebe a partir de 26 de janeiro de 2012, depois de temporada no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo. A exposição foi idealizada e desenvolvida pela Barbican Centre, o maior centro de artes da Europa, com a colaboração da City of London Corporation. O grande interesse pelo assunto já fez a projeto circular por mais de dez países, como EUA, China, Austrália, Inglaterra, Holanda e França.
São mais de 120 títulos, incluindo os mais antigos, como Pachinko, Space Wars e Computer Space, além das mais novas tecnologias em realidade virtual (Halo 3, Wii Sports Resort, Rock Band etc).

Divulgação.
As seções incluem: kids (com uma seleção dos jogos favoritos das crianças), trilha sonora para jogos, novas tendências, cultura do videogame em diferentes países, multiplayer games (em que vários participantes podem jogar ao mesmo tempo), personagens marcantes,  história das revistas especializadas em games, entre outros.
A réplica de Space Wargame criado por Steve ‘Slug’ Russel com sua equipe, em 1962, promete chamar a atenção pela utilização do caríssimo computador PDP-1, do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
O público vai conferir os seminais arcade games (fliperamas), consoles e games portáteis produzidos nos últimos 50 anos. Jogos como Pac-Man, Defender e Donkey Kong ganham espaço ao lado de consoles antigos, criados a partir de 1972.
Os criadores envolvidos nessa indústria levam destaque na cadeia que envolve projetistas, artistas, músicos e programadores.





Serviço: Game On: O Jogo Começou
Data: De 26 de janeiro a 26 de fevereiro 2012
Terça a domingo, de 9 às 21 horas
Local: CCBB (SCES Trecho 2, conjunto 22 – Brasília/DF)
Tel:             61 3108-7600
E-mail: ccbbdf@bb.com.br
site: www.bb.com.br/cultura  | www.twitter.com/ccbb_df
Entrada franca
Classificação indicativa: livre
O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo, saindo do Teatro Nacional a partir das 11h.

FESTIVAL BRASILEIRO DE TEATRO DE TERREIRO


Dos dias 13 a 18 de dezembro o teatro popular invade a sala Plínio Marcos da Funarte. Idealizado pelo ponto de cultura Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, a primeira edição do Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro reunirá dança, teatro, brincantes, além de rodas de conversa que discutirão a atuação do ator brincante no cenário contemporâneo do teatro brasileiro. O total de sete espetáculos fazem parte da programação, entre eles Antonio Nóbrega, Pedro Salustiano, Cia. Mundo Rodá de Teatro Físico e Dança, Cavalo Marinho Boi Pintado, Mestre Zé Divina e dos grupos convidados reconhecidos nacional e internacionalmente Grupo Galpão e Lume.
“Mostrar esse recorte da arte que trata dos terreiros, que é um patrimônio imaterial é algo providencial. Temos de fazer com que o Brasil conheça o Brasil e suas nuances, essas manifestações de terreiro tem forte atuação cultural pela arte que produz”, afirma a Coordenadora de Difusão Cultural da Funarte Brasília, Débora Aquino. A coordenadora explica que o Festival faz parte do edital de Ocupação das salas Plínio Marcos e Cássia Eller da Funarte. “A pontuação e aprovação dos projetos foi de acordo com a diversidade que as apresentações traziam. Tivemos, neste ano, eventos voltados para o publico infantil, dança, e agora fecharemos 2011 com o Festival que trás essa pluralidade da cultura popular”.
Com apresentações, enredos, técnicas, ritmos e mitos que relatam historias do cotidiano brasileiro, o teatro popular tem uma identidade própria que foge aos padrões do formato tradicional do teatro europeu, como explica o Coordenado do grupo Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro, Tico Magalhães. “Essa tradição é completamente brasileira, é como Mestre Salustiano definia a brincadeira do Cavalo Marinho, uma tradição feita nos quintais dos mestres de cultura do Brasil, que com criatividade, ensinam e mantêm viva a nossa cultura”, explica.
Do terreiro aos palcos
O grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro nasceu há oito anos em Brasília, e tem como objetivo levar ao público elementos da cidade que tomaram forma com O Mito do Calango Voador. Escrito por Magalhães, a narrativa aborda temas como a constrição da capital e é continuamente adaptada de acordo com os novos acontecimentos da cidade. “Eu vim de Recife, quando cheguei aqui fiquei espantado em ver como a cidade é diferente. Percebi a necessidade de uma história que acontecesse aqui, para falar de Brasília e das coisas que acontecem aqui, explicamos muita coisa desse mundo no mito”, conta.
As apresentações de Seu Estrelo sempre foram realizadas nas ruas de Brasília e outras cidades brasileiras durante viagens, ou na sede do grupo localizada na capital. O Festival abre uma nova etapa na historia do ponto de cultura, sendo a primeira vez em que este sobe aos palcos.”Dá um frio na barriga, o teatro exige uma concentração enorme, é silencioso”, comenta Magalhães.
A diretora do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB), Izabela Brochado explica que a interação com o público é o principal fator que diferencia a experiência do teatro de terreiro nos palcos. “No terreiro, há uma interação horizontal com o público, a brincadeira é coletiva. No teatro é diferente, a experiência de interação é mais mental do que física, o publico observa os artistas que estão ali para mostrar suas habilidades. Acho que as duas formas são válidas”, explica.
A tradição contemporânea
Representada por manifestações como a dança, lendas, mitos, festas, música e ritmos, a tradição da cultura popular é transmitida e difundida geração após geração na historia do Brasil. Para discutir as formas de adaptação e relação dessa cultura com a contemporaneidade, o festival propõe um debate que contará com a presença de estudiosos, grupos e mestres da cultura brasileira.
Izabela Brochado participará das discussão e afirma que ponte entre tradição e modernidade é o próprio ator brincante da cultura tradicional. ”As tradições não são fáceis de serem aprendidas, existe uma estrutura de temas e apresentações que são transmitidas pelos conhecimentos dos mestres de cultura. O artista vivencia isso e mistura esses aprendizados com as linguagens de hoje”. Segundo ela, a honestidade é o fator principal do trabalho do artista, que não deve ser realizado por moda ou imitação. “Se esse artista não é sensibilizado por essas formas, a apresentação não te toca, não te move e se transforma em uma caricatura”, conclui.
“Nossa expectativa é fazer uma troca de experiências, mostrar o que o teatro popular pode oferecer e mostrar que a tradição, ao contrario do que muitas pessoas pensam, não é algo que carrega o peso do passado, pois ela só é tradição porque esta ligada ao presente, a tradição é a base do presente”, acrescenta Magalhães.

Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro

Data: De 13 a 18 de dezembro
Local: Eixo Monumental Setor de Divulgação Cultural – lote 2 – Funarte Brasília
Entrada franca
Programação:
Espetáculos na sala Plínio Marcos
TERÇA-FEIRA, 13/12
21h Teatro Galpão (MG) – Tio Vânia
QUARTA-FEIRA, 14/12
21h Antônio Nóbrega (PE) – Mátria

QUINTA-FEIRA
, 15/12
21h Mundu Rodá (SP) – Donzela Guerreira
SEXTA-FEIRA, 16/12
20h Pedro Salustiano – Samba no Canavial
21h Cavalo Marinho Boi Pintado
SÁBADO, 17/12
20h Mamulengo Zé Divina
21h Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
DOMINGO, 18/12
20h Lume (SP) – Café com Queijo
Debate na sala Cássia Eller
SÁBADO, 17/12
15h – CONVERSA SOLTA: o Teatro Popular e o seus Modernos Brincantes
Participantes:
Antonio Edson – Teatro Galpão
Chico Simões – Mamulengo Presepada
Izabela Brochado – Dir. do Instiuto de Artes da UnB
Jessér de Souza – Lume Teatro
Juliana Pardo – Mundu Rodá
Manoelzinho Salustiano – Maracatu Piaba de Ouro
Tico Magalhães – Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
Mediadora: Joana Abreu – Atriz e Pesquisadora de Teatro e Culturas Populares

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Museus em Números



O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) lança a publicação Museus em Números em dois volumes, oferecendo um panorama estatístico nacional e internacional do setor de museus e textos analíticos sobre a situação dos museus nas unidades federativas.

Os dados são referentes a 1,5 mil instituições museológicas brasileiras que responderam ao questionário do Cadastro Nacional de Museus (CNM) – cadastradas entre as mais de três mil instituições mapeadas em todo o país à época do levantamento de dados para a pesquisa (setembro 2010). Seguem os arquivos para baixar:

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MOSTRA INTERNACIONAL DE FILMES INTERATIVOS



O Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília recebe, de 22 de novembro a 4 de dezembro, a Mostra Internacional de Filmes Interativos. Com a exibição de quinze títulos de diversos países e de épocas diferentes, a mostra faz um apanhado do que já existe hoje de cinema com a participação dos espectadores e ainda conta com mesas redondas sobre mercado, a produção nacional e a evolução do gênero.

Serão duas semanas de exibições em que o público terá a chance de interagir e modificar as histórias que acontecem na tela. Há filmes com até 11 diferentes finais, mas o espectador não define somente o final e sim interage e interfere na história ao longo de toda a exibição dos filmes. A cada cinco ou 10 minutos um menu aparece na tela do cinema e o espectador, munido de um controle remoto, vota e escolhe pra onde a história ou as personagens devem seguir.

A experiência da interatividade no cinema, ainda praticamente inacessível e até pouco tempo vista como impossível, agora é realidade e vem sendo bastante apreciada como mais uma ferramenta para o usuário digital. Nesse contexto, a Mostra Internacional de Filmes Interativos surge como oportunidade única para o público participar da experiência de interatividade na telona e, porque não, expressar seus desejos e experimentar a possibilidade de vivenciar e decidir o rumo de um filme.

Para as mesas redondas, a Mostra Internacional de Filmes Interativos traz a Brasília realizadores de vários países e do Brasil, além de pesquisadores e pensadores da interatividade, com o propósito de definir e difundir as possibilidades dessa linguagem inovadora.

Fonte: CENAS DE CINEMA