Sala Escura da Tortura: Nunca Mais
Brasília, janeiro de 2011.
Paulo Abrão
Presidente da Comissão de Anistia
Informações sobre a Exposição:
Local: Museu Nacional da República (Brasília-DF)
Por meio de seu projeto “Marcas da Memória”, a Comissão de Anistia do Ministério da
Justiça permite que venha a público, novamente, em diferentes cidades do Brasil, a
exposição “Sala Escuta da Tortura”. Apresentada originalmente em 1973 no Museu de Arte
Moderna de Paris, esta exposição vale-se da perspectiva crítica das artes para denunciar
aquilo que o conceito de humanidade mais abomina: a tortura.
Inspirada nos relatos de Frei Tito durante seu exílio na França, as sete telas que compõem a
exposição ilustram de modo tristemente realista aquilo que a Comissão de Anistia recebe
por meio de relatos escritos e testemunhos sofridos diuturnamente em seu trabalho de
reparar as vítimas do Estado de exceção, e devem ser vistas por duas razões fundamentais.
Primeiramente, para que todos aqueles que criticam o processo de reparação possam
visualizar aquilo que muitos ainda tentam negar ter existido: a prática de tortura enquanto
política de Estado em nosso país. Em segundo lugar, para que o maior número de pessoas
possa ser tocado pelo horror que a tortura representa, opondo-se em definitivo à
possibilidade de tais atos atrozes a qualquer tempo, local ou circunstância.
Se um dia a tortura aconteceu e, o que é mais grave, ainda acontece em tantos lugares, é porque fomos incapazes, enquanto sociedade, de compreender o valor máximo que o serhumano possui em nosso sistema político. É dever do Estado disseminar esta visãohumanista, inscrita em nossa Constituição democrática. É, ainda mais especialmente, deverda Comissão de Anistia não permitir que isso seja esquecido, para que jamais se repita.
Esperamos, portanto, com o apoio a esta exposição, dar cumprimento a nosso dever legal
de reparar violações do passado para construir um futuro melhor e, ao mesmo tempo,
prestar uma homenagem à memória de Frei Tito, exemplo de resistência, engajamento e
dignidade em favor dos injustiçados. Sua capacidade de sensibilizar as pessoas por um
mundo melhor extrapola o seu plano existencial. Eis o seu legado eterno.
Justiça permite que venha a público, novamente, em diferentes cidades do Brasil, a
exposição “Sala Escuta da Tortura”. Apresentada originalmente em 1973 no Museu de Arte
Moderna de Paris, esta exposição vale-se da perspectiva crítica das artes para denunciar
aquilo que o conceito de humanidade mais abomina: a tortura.
Inspirada nos relatos de Frei Tito durante seu exílio na França, as sete telas que compõem a
exposição ilustram de modo tristemente realista aquilo que a Comissão de Anistia recebe
por meio de relatos escritos e testemunhos sofridos diuturnamente em seu trabalho de
reparar as vítimas do Estado de exceção, e devem ser vistas por duas razões fundamentais.
Primeiramente, para que todos aqueles que criticam o processo de reparação possam
visualizar aquilo que muitos ainda tentam negar ter existido: a prática de tortura enquanto
política de Estado em nosso país. Em segundo lugar, para que o maior número de pessoas
possa ser tocado pelo horror que a tortura representa, opondo-se em definitivo à
possibilidade de tais atos atrozes a qualquer tempo, local ou circunstância.
Se um dia a tortura aconteceu e, o que é mais grave, ainda acontece em tantos lugares, é porque fomos incapazes, enquanto sociedade, de compreender o valor máximo que o serhumano possui em nosso sistema político. É dever do Estado disseminar esta visãohumanista, inscrita em nossa Constituição democrática. É, ainda mais especialmente, deverda Comissão de Anistia não permitir que isso seja esquecido, para que jamais se repita.
Esperamos, portanto, com o apoio a esta exposição, dar cumprimento a nosso dever legal
de reparar violações do passado para construir um futuro melhor e, ao mesmo tempo,
prestar uma homenagem à memória de Frei Tito, exemplo de resistência, engajamento e
dignidade em favor dos injustiçados. Sua capacidade de sensibilizar as pessoas por um
mundo melhor extrapola o seu plano existencial. Eis o seu legado eterno.
Brasília, janeiro de 2011.
Paulo Abrão
Presidente da Comissão de Anistia
Informações sobre a Exposição:
Local: Museu Nacional da República (Brasília-DF)
Abertura no dia 03 de novembro, quinta, às 19h, no Museu Nacional
Visitação de 04 a 20 de novembro, terças e sextas, das 9h às 18h30, no Museu Nacional
Entrada franca. Classificação indicativa: livre. Telefone: 33255220
Fonte: Sala Escura de Tortura
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