segunda-feira, 12 de setembro de 2011
GRÁFICA POLONESA EM CARTAZ
A Embaixada da República da Polônia, em parceria com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal e o Museu Nacional do Conjunto Cultural da Republica têm o prazer de apresentar ao público brasiliense os trabalhos de alguns dos maiores artistas gráficos poloneses. A exposição abrange cartazes alusivos a eventos culturais ocorridos desde a década de 70 até 2005.
Cartaz – uma banal justaposição de texto informativo com o desenho ilustrativo. Com o passar dos anos tornou-se a mais relevante manifestação artística do design gráfico. É nele que se imprimem os problemas mais importantes na arte gráfica contemporânea. A tarefa complexa, que exige um intelecto agudo e o domínio perfeito da arte, vem atraindo artistas gráficos para o desafio de criar uma relação equilibrada entre dois elementos distintos – palavra e imagem.
A Polônia sempre ocupou um lugar importante na arte gráfica contemporânea. A própria história do país propiciou solo fértil para as artes, especialmente para a expansão do cartaz. Naturalmente as guerras mundiais do século XX estimularam a necessidade de expressão e revolta através das artes visuais. Porém, foi após a Segunda Guerra Mundial, em pleno regime comunista, que a arte do cartaz ganhou maior intensidade na Polônia. O regime político da época tinha como principal objetivo difundir, de forma simples e fácil, as conquistas do sistema comunista. E o cartaz surge como o meio popular capaz de atingir as massas, tornando-se uma das melhores ferramentas do sistema. Daí, as condições de trabalho oferecidas aos artistas na Polônia foram melhores do que em outros países da Europa comunista. Até mesmo a censura polonesa, entendendo a importância dos cartazes nacionais, foi menos rígida do que na União Soviética.
A ampla liberdade de criação dada aos artistas gráficos fez do cartaz uma ferramenta também de protesto. Ao mesmo tempo em que trabalhavam para o sistema, os artistas, munidos de sarcasmo e ironia, enganavam o regime criando obras com um nível de sutileza tão elevado que possibilitava a disseminação de mensagens oposicionistas. Em nenhum outro país observava-se uma identificação tão forte entre o artista e o público. O cartaz polonês tornou-se então a voz do povo - ousado, mas sério; tradicional, porém imprevisível. As autoridades polonesas da época, ao transformarem o cartaz em meio de informação e propaganda, acabaram por patrocinar a arte que, ironicamente, transformou-se no portador da crítica política e social que as mesmas autoridades desejavam suprimir. Entretanto, os artistas poloneses conheciam os limites para o protesto, e sabiam dosar a obediência e a revolta, assim podiam morder a mão que os alimentavam, mas não forte demais.
Em conseqüência de todo esse processo criou-se o peculiar “estilo polonês” de cartaz, caracterizado por alguns críticos como o estilo da “independência e perspicácia da razão”. São denominadores comuns nas obras dos gráficos poloneses, a concisão, a ironia, a economia de formas e os desenhos inovadores das letras. Por fim, o maior mérito dos criadores de cartazes poloneses foi atenuar a linha que separa as artes comerciais das belas artes.
SERVIÇO:
Museu Nacional do Conjunto Cultural da República
Setor Cultural Sul, Lote 02, Esplanada dos Ministérios
70.070-150 Brasília – DF
(61) 3325-5220 / 6234
Visitação: de 6 a 30 de setembro, das 9h00 às 18h30
ENTRADA FRANCA
INFORMAÇÃO:
Embaixada da República da Polônia:
Fone: (61) 3212-8022; E-mail: brasilia.cultural@msz.gov.pl
http://www.brazylia.polemb.net/
Fonte: Exposição 'Gráfica Polonesa em Cartaz'
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