O espectador de Brasília está convidado a fazer um percurso no tempo, guiado pelo talento de alguns dos maiores artistas de todos os tempos. São quatro séculos de gravura, do século XV ao XVIII, com o testemunho de obras de mestres inegáveis como Rembrandt Harmenszoon van Rijn (Holanda), Jacques Callot (França) e Francisco José de Goya (Espanha). Gravuras destes e de outros artistas estarão ao alcance do público a partir de 26 de janeiro próximo, com a exposição Mestres da gravura - Coleção Fundação Biblioteca Nacional.
A mostra compõe a programação de abertura do Museu Nacional dos Correios. A exposição inédita é uma realização dos Correios, sendo esta sua segunda apresentação – a primeira foi no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, de julho a setembro de 2011.
Mestres da gravura - Coleção Fundação Biblioteca Nacional apresenta 171 obras de 81 gravadores estrangeiros e é um marco na história recente da instituição: desde o século XIX, um conjunto tão abrangente de gravuras da coleção da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) não era mostrado ao público no Brasil. Para garantir a qualidade desta seleção, técnicos tiveram que restaurar 27 gravuras fundamentais. E todas as obras expostas passaram por um cuidadoso processo de limpeza.
A exposição
A exposição abarca gravadores que nasceram do século XV ao XVIII e gravuras concebidas de acordo com técnicas que foram desenvolvidas no período – embora algumas obras de Goya tenham sido criadas em 1815, o artista é considerado essencialmente um gravador do século XVIII. As gravuras da Real Biblioteca, que são anteriores ao terremoto que arrasou Lisboa em 1755, são originárias da antiga coleção portuguesa e sobreviveram ao terremoto e maremoto que destruiu a cidade. Elas formam a maior parte das gravuras da exposição.
Gravuras assinadas por artistas como Albrecht Drer, o principal nome da renascença alemã, dividem a atenção com obras de Rembrandt, o maior nome da arte neerlandesa, e de Francisco José de Goya, o mais importante artista do Romantismo na Espanha. Também poderão ser conferidas obras satíricas do inglês William Hogarth, que refletia sobre os desmandos da política em seu tempo e acabou gerando o termo Hogartianas; e o talento de retratista do flamengo Anton Van Dyck, dentre vários outros.
A mostra reúne gravuras originais, isto é, composições inéditas, criadas, gravadas e impressas por um mesmo artista, ou sob sua supervisão, e gravuras de reprodução, em que um gravador parte de uma composição de outro artista, seja pintura, escultura, afresco, iluminuras, com o objetivo de divulgar a obra daquele criador e fazer circular a imagem. Um total de 81 artistas que promovem um percurso na história da arte ocidental.
A Coleção
As gravuras pertencem à Real Biblioteca de Portugal, trazida para o Brasil, em 1810, e que deu origem à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, hoje, considerada pela UNESCO uma das dez maiores do mundo e a maior da América Latina. Atualmente, este acervo tem cerca de 30 mil gravuras.
A Livraria Real, como era chamada até o século XVIII, foi destruída por um incêndio, que se seguiu ao terremoto de Lisboa, em 1 de novembro de 1755. O rei de Portugal, D. José I, pediu ao seu principal ministro, o futuro Marquês de Pombal, que reconstituísse o acervo, o que foi feito, recorrendo-se até à compra de coleções de livros e gravuras no exterior.
Ação Educativa
VANGUARDA - Arte, Educação e Cultura
Serviço:
Mestres da gravura - Coleção Fundação Biblioteca Nacional
Local: Museu Nacional dos Correios (SCS, Quadra 4, bloco A, Ed. Apolo, n 256)
Data: de 26 de janeiro a 22 de abril de 2012
Horário: de terça a domingo, das 10h às 19h
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